quarta-feira, 6 de abril de 2011
Jeanne Hébuterne
Paris, França, 6 de abril de 1898 — Paris, França, 25 de janeiro de 1920 De família católica e conservadora, sempre foi uma bela moça e desde cedo voltada para as artes. Afiliou-se à comunidade artística em Montparnasse por seu irmão André Hébuterne (1894-1992), que queria ser pintor. Entretanto, querendo prosseguir uma carreira nas artes, e com muito talento, escolheu estudar na Academia Colarossi. Foi retratada diversas vezes por Léonard Fujita Tsuguharu (1886-1968) pintor francês de descendência japonesa. Autora de obras como "A suicida" e "A morte", de traço simples e explicativo. Em 1917 Jeanne conheceu o pintor Amedeo Modigliani. Embora Modigliani fosse judeu e quatorze anos mais velho do que ela, era um homem muito considerado e charmoso. Começaram a se encontrar imediatamente e acabaram se apaixonando. Em 29 de novembro de 1918 dá a luz a uma menina, que recebe o mesmo nome da mãe, e é reconhecida como filha por Modigliani. Em julho de 1919, descobre estar grávida novamente, mostrando desapontamento. É renunciada de sua família, por escolher viver com Modi. Logo fica comprometida de se casar com o pintor, que registrara seu nome errado no documento de matrimônio para invalidar a relação, que para ele era apenas carnal. A vida do casal não era um mar de rosas e Modigliani tinha a saúde debilitada devido a uma tuberculose mal curada e ao consumo excessivo de álcool e drogas. Ele morre no Charité de Paris no dia 24 de janeiro de 1920. Jeanne, companheira devotada e grávida de nove meses do segundo filho, sobrevive apenas uma noite, atirando-se do quinto andar do prédio onde morava. Seu corpo foi velado e sepultado ás escondidas, pelos pais, no cemitério de Bagneux. Sua filha foi criada pelas irmãs de Modigliani, e cresceu sem saber o que ocorrera com os pais. Apenas dez anos depois, Jeanne e seu filho que não nasceu foram transferidos para o cemitério do Père Lachaise, para descansarem ao lado de Modigliani. Seus trabalhos foram guardados por seu irmão André, a sete chaves, e apenas em 2000 foram mostrados ao público, numa exposição na Itália, com uma sala reservada apenas para obras do casal.
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