Tortura do pensar! Triste lamento! Quem nos dera calar a tua voz! Quem nos dera cá dentro, muito a sós, Estrangular a hidra num momento!
E não se quer pensar! ... e o pensamento Sempre a morder-nos bem, dentro de nós ... Querer apagar no céu – ó sonho atroz! – O brilho duma estrela, com o vento! ...
E não se apaga, não ... nada se apaga! Vem sempre rastejando como a vaga ... Vem sempre perguntando: “O que te resta? ...”
Ah! não ser mais que o vago, o infinito! Ser pedaço de gelo, ser granito, Ser rugido de tigre na floresta!
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