Primavera, primavera, primavera fosse sempre,
Fosse eterna – ai quem me dera – dardejando mil sementes!
Nas praças, pelas calçadas, alamedas e jardins
Vicejam flores formosas, perdendo-se pelos confins.
Tons de amarelo e de roxo, têm ipês e quaresmeiras.
Azáleas multicores, em suas sebes faceiras.
Girassóis olham pro alto, e acompanham o astro sol;
Orquídeas brotam nos galhos, preferidas do arrebol!
Margaridas tão branquinhas, miolo gema de ovo,
São a graça das campinas, vão florir todas de novo…
Pendurados, graciosos, esses brincos de princesa,
Fazem encanto tamanho, florindo pra natureza.
Palmas, hortências e cravos, flores tão maravilhosas,
Entanto, os enamorados, dão preferência pras rosas.
As delicadas camélias, de honra têm seu lugar,
Enfeitam buquês de noiva, perfume a inebriar!
Nas grinaldas, aparecem, com sua graça faceira,
Eternas e encantadoras, as flores de laranjeira.
As árvores ficam lindas, nas floradas, a esperar,
Que despontem doces frutos, nos galhos a se assanhar!
E em plena primavera, escritores reunidos,
Trazemos flores na alma, em nossos versos sentidos.
Cada rima, um grande sonho, conquista mais gloriosa,
Saber separar espinhos, dos belos botões de rosa!
Mírian Warttusch
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