domingo, 31 de outubro de 2010

Amor de Halloween

Olhei o céu e tive medo.
A lua brilhante aparece
E revela um segredo.
Meu amor não é quem diz,
Meu amor é aprendiz,
De feiticeiro.
Da taça da sua cólera bebi,
A boca que me beijava,
Maldiz,
Estremece,
Ele não é quem parece.
Transforma-se.
Ele é lobo que devora,
Homem-bicho que apavora,
É noite de halloween!
Temo que seja meu fim.
Personifica o mal, é vampiro
Que busca o sangue,
Suga até o ultimo suspiro.
É noite de halloween!
Na janela olho assustada,
É a bruxa,
E sua gargalhada,
Faz calafrios,
Temo que seja meu fim.

Aline Capistrano

No dia 31 de outubro se comemora o Halloween, mas conhecido no Brasil como o “Dia das Bruxas”. As comemorações do Halloween são mais comuns nos países anglo-saxônicos, em especial nos Estados Unidos. No Brasil a confraternização do “Dia das Bruxas” vem se tornando cada vez mais conhecida e praticada pela sociedade
.

sábado, 30 de outubro de 2010

Sacerdotisas

Sacerdotisas encantam.
Serpentes...
As sacerdotisas são musas, inexistentes;
As sacerdotisas seduzem, nas luas, nos poentes;
As sacerdotisas, no solstício, deitam com homens, ardentes;
As sacerdotisas transgridem; persistentes;
As sacerdotisas são mulheres, de todo, carentes;
As sacerdotisas são espelhos, nem sempre, indiferentes;
As sacerdotisas trazem o amor, latente;
As sacerdotisas são DEUSAS, são vertentes;
As sacerdotisas desejam os homens, valentes;
As sacerdotisas são mães, presentes;
As sacerdotisas não são fotos, são gente!

Rosa Cristinna Campos (Solstício de 2009)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ninguém é dono da sua felicidade

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso, não entregue sua alegria, sua paz, sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.
Somos livres...
E não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.
Se você anda repetindo muito "você é a razão da minha vida", cuide-se.
Remova essas palavras e, principalmente, a ação dessas palavras da sua vida, pois fazem muito mal ao seu "eu" interior.
A razão da sua vida é você mesmo.
A sua paz interior é a sua meta de vida...
Quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda está faltando algo, leve seu pensamento pra os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.
Não coloque objetivos longe de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda. Critique menos, trabalhe mais...
E não se esqueça nunca de agradecer.
Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor...
Por fim, acredite que não estamos sozinhos um instante sequer...
Pense nisso, não se destrua por sentir que falta...
Se erga na falta...
Mostre a cada um a cor do seu sorriso!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Alma perdida

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...

Florbela Espanca

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sou mais você

De todos os amores por mim vividos até hoje,
o seu foi o mais intenso.
De toda a saudade,
a sua foi a mais forte.
De todos os beijos,
o seu foi o mais gostoso.
De todo calor,
o seu foi o mais ardente.
De todas as almas,
a sua foi a mais gêmea.
De toda ânsia de cometer loucuras,
a sua foi a que mais me atentou.
De todos os corpos,
o seu mais me instigou.
De todas as esperanças em amores depositadas,
o seu foi o que teve mais crédito.
De toda a vontade de ficar junto,
a vontade que me domina é a sua.
Por isso de todos os amores eternos por mim prometidos,
o seu será o único cumprido a risca.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Se temos de esperar

Que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.

Cora Coralina

Mude

Somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!

Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles.

Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida.

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Quem está deprimido por causa da perda de um emprego projeta tristeza por toda parte no corpo - a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.

Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: "Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos".

Você quer saber como está seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem.
Quer saber como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos hoje!
Ou você abre seu coração ou algum cardiologista o fará por você!

domingo, 24 de outubro de 2010

O amor, a gentileza e a ternura

Quando se fala em relacionamento amoroso temos que pensar também na gentileza e na ternura. O comportamento sempre rude e grosseiro prejudica muito o relacionamento amoroso. Onde a erva daninha cresce em abundância não há espaço para as flores.

O comportamento rude pode tomar conta dos relacionamentos amorosos por falta de sabedoria. A pessoa não aprendeu a ser terna ou carinhosa. Seu lar só lhe mostrou um único modelo: o trato rude e indelicado. Maridos que gritam muito, companheiras estressadas e mal humoradas. A pressa, a falta de dinheiro e o cansaço são responsabilizados por esse ataque de nervos. Estar acostumado com o outro é também desculpa para a falta de respeito e de delicadeza. Como se a pessoa fosse obrigada a aguentar o destempero emocional do companheiro. Para muitos, ser gentil e carinhoso é ser bobo, demonstra vulnerabilidade nos sentimentos. Ninguém quer estar vulnerável. Aquele que mais se queixa e grita pode ser o mais frágil e o mais inseguro na relação.

Parece difícil falar em emoções mais tranquilas nesse mundo conturbado. A ansiedade irrita o sistema nervoso. O pedido da pessoa amada pode ser atendido apenas com um grito, palavrão ou ofensa. A conversa da esposa pode ser interpretada como enfadonha ou queixosa demais. E, desse modo, recebe o silêncio e o desprezo. Cuidamos do corpo, mas não estamos cuidando dos nossos relacionamentos e das nossas emoções mais refinadas. Temos que cuidar delas como flores delicadas que enfeitam o jardim do amor.

As falhas da pessoa amada podem ser perdoadas. A gentileza e a tolerância são lições apropriadas nesse momento difícil no trato com o outro. Mas aceitar um comportamento desumano e desrespeitoso o tempo todo é afrontar a si próprio.

Procure ficar atento ao seu comportamento em relação à pessoa amada. Eduque suas emoções renovando seus hábitos. Uma vida saudável pode afastar o mau humor crônico. A psicoterapia também pode lhe ajudar no auto aprimoramento. O sentimento de gratidão para com as pequenas alegrias da vida transforma as pessoas. A organização da sua rotina pessoal também pode melhorar seus relacionamentos. Estresse acentuado prejudica sua vida, sua saúde e até pode arruinar um relacionamento que tem tudo para dar certo. A falta de paciência com as falhas alheias ilustra algumas histórias de amor. Descontar na namorada ou na esposa sua insatisfação profissional não resolve sua vida. E, muito menos, descontar nos bichinhos de estimação o seu azedume. Ninguém gosta de ficar perto de pessoas sempre irritáveis, emburradas e fechadas. Gestos de carinho podem evitar uma discussão e até melhorar a vida íntima do casal.

A rotina do dia a dia não pode ser de todo responsabilizada pelo seu comportamento rude ou sem tato. Veja a pessoa amada como um grande presente que Deus lhe deu. Trate-o como você gostaria de ser tratado. É conversando que a gente se entende. E se acha que o que vem recebendo é muito menos do que merece parta para outra. Lembre-se sempre das palavrinhas mágicas que podem ajudar seu relacionamento amoroso: por favor, muito obrigado, desculpe. E preste sempre atenção no tom da sua voz e no ritmo das suas emoções. O sorriso pode lhe abrir as portas do amor, porque ele abre as janelas coloridas da alma. O sorriso desarma as pessoas tristes, mal humoradas e carrancudas.

Reflita sobre as palavras do espírito de André Luiz: "Se acordou de mau humor rogue a Deus o benefício de uma laringite". Silencie, mas escute suas emoções. Elas falam e expõem seu coração. A ternura e a gentileza moram dentro de um coração puro e cheio de amor. Pratique todos os dias e sua vida amorosa se transformará.

Texto de Sandra Cecília - www.relaxmental.com.br - Vídeos de vivência Canal Francisca Magnólia

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mário Quintana

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ser poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Consegue


A amizade consegue ser tão complexa...
Deixa uns desanimados, outros bem felizes...
É a alimentação dos fracos
É o reino dos fortes

Faz-nos cometer erros
Os fracos deixam se ir abaixo
Os fortes erguem sempre a cabeça
os assim assim assumem-os

Sem pensar conquistamos
O mundo geral
e construimos o nosso pequeno lugar
deixando brilhar cada estrelinha

Estrelinhas...
Doces, sensiveis, frias, ternurentas...
Mas sempre presentes em qualquer parte
Os donos da Amizade...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Nem sempre sou igual

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,

Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...

Alberto Caeiro (Tela de Claude Monet)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Receita de Mulher


Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas.

Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida.

Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave


Vinícius de Moraes

domingo, 17 de outubro de 2010

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 16 de outubro de 2010

Confie Sempre


Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera Com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação Da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha.
Luta e serve.
Aprende e adianta-te.
Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte.
Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

Chico Xavier

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Meu Destino

Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.

Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.

Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.

Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...

Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.

Esse dia foi marcado
com a pedra branca da cabeça de um peixe.

E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...

Cora Coralina

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Aos olhos dele

Não acredito em nada. As minhas crenças
Voaram como voa a pomba mansa;
Pelo azul do ar. E assim fugiram
As minhas doces crenças de criança.

Fiquei então sem fé; e a toda a gente
Eu digo sempre, embora magoada:
Não acredito em Deus e a Virgem Santa
É uma ilusão apenas e mais nada!

Mas avisto os teus olhos, meu amor,
Duma luz suavíssima de dor...
E grito então ao ver esses dois céus:

Eu creio, sim, eu creio na Virgem Santa
Que criou esse brilho que m'encanta!
Eu creio, sim, creio, eu creio em Deus!

Florbela Espanca

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Homem e a Mulher


O homem pensa.
A mulher sonha.

Pensar é ter cérebro.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano.
A mulher é um lago.

O oceano tem a pérola que embeleza.
O lago tem a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa.
A mulher, o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.

O homem tem um farol: a consciência.
A mulher tem uma estrela: a esperança.

O farol guia.
A esperança salva.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
A mulher, onde começa o céu!!!

Victor Hugo

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ser Criança

"Ser criança é acreditar que tudo é possível.
É ser inesquecívelmente feliz com muito pouco
É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos
Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.
Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser."

Gilberto dos Reis



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Ser Criança

Ser criança é achar que o mundo é feito de fantasias,
Sorrisos e brincadeiras.
Ser criança é comer algodão doce e se lambuzar.
Ser criança é acreditar num mundo cor de rosa.
Cheio de pipocas
Ser criança é olhar e não ver o perigo.
Ser criança é sorrir e fazer sorrir.
Ser criança é chorar sem saber porque.
Ser criança é se esconder para nos preocupar.
Ser criança é pedir com os olhos.
Ser criança é derramar lágrima para nos sensibilizar.
Ser criança é isso e muito mais.
É nos ensinar que a vida, apesar de difícil,
Pode tornar-se fácil com um simples sorriso.
É nos ensinar que criança só quer carinho e afeto.
É nos ensinar que, para sermos felizes,
Basta apenas olharmos para uma criança.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...


Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.

Há duas formas para se viver a vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein

domingo, 10 de outubro de 2010

Soneto 5 de Camões

Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

sábado, 9 de outubro de 2010

Parabéns Meg!


Amigas Para Sempre

Nem todas as lágrimas,
você pode enxugar.
Pois nem sempre do meu lado pode estar.
E os meus sorrisos,
só alguns pode enxergar.
Pois nem sempre comigo pode estar.
Mas amiga a distância não pode separar,
a nossa amizade que para sempre vai durar.
Minha amiga estás cercadas, pela minha oração,
te levo comigo na memória e no coração.
Nossos caminhos se cruzaram
e eu te conheci,
e um laço tão lindo de amizade
então surgiu.
Como foi bom te conhecer,
e em mim há um prazer,
por ser sua amiga,
Eternas amigas seremos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Crises


Todas as situações que vivemos têm no mínimo dois lados.
Um positivo e outro negativo. O que faz a diferença é a maneira como lidamos com essas situações.
Todo momento de crise, seja financeira, familiar ou pessoal é uma oportunidade, uma ocasião favorável para o aprendizado.
Crises representam momentos especiais para renovação, para se desfazer do velho que não funciona mais.
E para que surja o novo.
Podemos olhar a situação como vítimas das circunstâncias, com um olhar pessimista...
Ou entender que podemos agir e tirar o melhor proveito da situação.
A crise é a oportunidade que temos para refletir, repensar agir e reposicionar.
Algumas pessoas só têm esse tipo de atitude em situações como essa, quando são arremessadas de uma zona de conforto para a zona de pânico.
A questão não é a crise e sim o que fazemos com ela.
Que aprendizado podemos tirar desses momentos.
Comparo crises com as dores das cólicas.
São dores cíclicas e fazem parte da vida.
A pior é sempre aquela que a gente está vivendo agora.
As que já passaram, bem ou mal, já foram superadas.
Ficar sentado, reclamando da vida, não vai mudar nada mesmo!
É preciso ter coragem de sacudir a poeira do conforto, encarar o pânico e começar a agir!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Conhecimento e sabedoria


Dois discípulos procuraram um mestre para saber a diferença entre conhecimento e sabedoria. O mestre disse-lhes: "Amanhã, bem cedo, coloquem dentro dos sapatos 20 grãos de feijão, 10 em cada pé. Subam, em seguida, o monte que se encontra junto a esta aldeia, até o ponto mais elevado, com os grãos dentro dos sapatos".

No dia seguinte, os jovens discípulos começaram a subir o monte. Lá pela metade, um deles estava padecendo de grande sofrimento: seus pés estavam doloridos e ele reclamava muito. O outro subia naturalmente a montanha. Quando chegaram ao topo, um estava com o semblante marcado pela dor, o outro, sorridente. Então, o que mais sofrera durante a subida perguntou ao colega: "Como você conseguiu realizar a tarefa do mestre com alegria, enquanto para mim foi uma verdadeira tortura?" O companheiro respondeu: "Meu caro colega, ontem à noite cozinhei os 20 grãos de feijão".

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fim de namoro: pratique o desapego e faça a fila andar



Você já deve ter escutado a expressão “praticar o desapego”. Apesar de ser usada no sentido pejorativo, ela diz muito sobre a sua vida afetiva. Quem nunca insistiu em uma relação falida, seja pelo medo de ficar sozinho, ou por uma cisma em achar que aquela pessoa é a melhor do mundo e a única capaz de te fazer feliz?

Todo mundo, algum dia na vida, vai levar um fora. Não tem como escapar. Assim como não se pode negar que, quando isso acontece, a primeira sensação é de que perdemos o rumo, de que a nossa vida não tem mais sentido e de que não conseguiremos sobreviver nem mais um minuto.

Isso dói muito? Dói! Acaba com a gente? Acaba! Mas, como já diz o ditado: “ninguém morre de amor”. O segredo é sofrer tudo o que você tem que sofrer e respeitar os dias de luto. Chore o quanto quiser chorar, Grite o quanto quiser gritar e não tenha vergonha de se descabelar. Isso tudo te ajudará a dar a volta por cima, pode acreditar!

O que não pode ser feito é passar o resto da sua vida implorando por um amor que já acabou ou vestir um luto eterno. Quando a opção é essa, ou seja, quando não conseguimos nos desapegar do que já é passado, a nossa vida sentimental fica estagnada.

Por mais que a sua vontade não seja de fazer a fila andar, é sempre bom se abrir a novas possibilidades. Por isso, se você estiver passando por esta fase, levante da cama, lave o seu rosto e aceite o fim das relações. Se este romance não foi eterno, é porque o seu grande amor ainda está por vir. E você não vai querer deixar a oportunidade passar, não é mesmo?

Fonte: http://www.zastros.com.br/VerMateria.aspx?mat=1349&cat=2

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"O valioso tempo dos maduros"


Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, que não se encanta com triunfos, que não se considera eleita antes da hora, que não foge de sua mortalidade. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade!

O essencial faz a vida valer à pena. E para mim, basta o essencial!

Mário de Andrade

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cristais de afeto


A vida passa tão corrida que a gente nem percebe como anda tratando os nossos amores, amigos e familiares.
Eu acredito que as pessoas queridas são como peças raras, frágeis e caras, que a gente não deve apertar demais, nem deixar frouxas nas mãos.
Afetos são como cristais...
É preciso tomar cuidado pra não trincar, nem partir.
Então imagina só o coração como uma caixa que a gente vai guardando pessoas importantes, aquelas que fazem diferença na vida...
Como você carregaria essa caixa no seu dia-a-dia?
É... Tem que prestar atenção, mesmo...
O segredo é carregar com delicadeza e, ao mesmo tempo, com firmeza, pra que elas não se espalhem, não se quebrem, nem se percam pelo caminho.
A minha caixa eu seguro, aqui, perto do peito.
Piso firme, olhando pra frente, cuidando pra não tropeçar...
Carregar pessoas queridas é responsabilidade grande.
Não é de qualquer jeito.
E se no trajeto a gente precisar pousar a caixa, é importante escolher um lugar seguro, mas de fácil acesso, pra nunca perder de vista.
Assim o cristal não se quebra, nem fica esquecido.
Cristais podem durar para sempre...
Afetos também...
A gente precisa é aprender a carregar...

Texto de Lena Gino

domingo, 3 de outubro de 2010

Coragem


A coragem não consiste em arriscar sem medo.
Ao contrário!
É preciso estar convicto do que se quer para se ter coragem de agir.

Coragem, também, não se traduz por agressividade ou atitudes intempestivas.
Na verdade, a coragem tem no seu bojo virtudes como serenidade, paciência, amabilidade e solidariedade.

Para entender melhor, podemos classificar a coragem em vários tipos:
A coragem física: para enfrentar situações de perigo que coloquem sua vida em risco.
Coragem de convicção: não ter medo de aceitar e propagar as suas crenças.
Coragem moral: é aquela capaz de fazer você optar pelo que é ético e justo, mesmo contrariando pessoas influentes ou até o seu círculo de amizades.
Coragem solidária: é a coragem de se envolver com as necessidades dos outros.
Isso mesmo: amar o próximo requer muita coragem, sim!

Existe ainda a coragem emocional, para lidar com circunstâncias dolorosas e adversas da vida.

A coragem de criar, sem medo de inovar, de quebrar a rotina, de mudar a maneira de ver as coisas.

E o mais elevado grau de coragem, a coragem de perdoar, difícil de ser encontrada em qualquer pessoa.
Dar a outra face para o inimigo é um ato que requer coragem e amadurecimento.

E você, aí em casa, é uma pessoa de coragem?
Então, acorde menina, acorda menino...
Porque vida, em si, já é um ato de coragem!

sábado, 2 de outubro de 2010

A felicidade é uma obrigação de mercado


Desculpem a autorreferência, que é vitupério - mas, estou terminando meu filme A Suprema Felicidade, que me tomou três anos, entre roteiro, preparação e filmagem. Agora, sairá a primeira cópia.

Amigos me perguntam: "Que é essa tal de A Suprema Felicidade? Onde está a felicidade?" Eu penso: que felicidade? A de ontem ou a de hoje?

Antigamente, a felicidade era uma missão a ser cumprida, a conquista de algo maior que nos coroasse de louros; a felicidade demandava "sacrifício". Olhando os retratos antigos, vemos que a felicidade masculina estava ligada à idéia de "dignidade", vitória de um projeto de poder. Vemos os barbudos do século 19 de nariz empinado, perfis de medalha, tirânicos sobre a mulher e os filhos, ocupados em realizar a "felicidade" da família. Mas, quando eu era criança, via em meus parentes, em minha casa, que a tal felicidade era cortada por uma certa tristeza, quase desejada. Já tinha começado o desgaste das famílias nucleares pelo ritmo da modernidade.

Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado. Ser deprimido não é mais "comercial". A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória. É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. Esta "felicidade" infantil da mídia se dá num mundo cheio de tragédias sem solução, como uma "Disneylândia" cercada de homens-bomba.

A felicidade hoje é "não" ver. Felicidade é uma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer pelas desgraças, não olhar os meninos malabaristas no sinal, não ter coração. O mundo está tão sujo e terrível que a proposta que se esconde sob a idéia de felicidade é ser um clone de si mesmo, um andróide sem sentimentos.

O mercado demanda uma felicidade dinâmica e incessante, cada vez mais confundida com consumo, como uma "fast-food" da alma. O mundo veloz da internet, do celular, do mercado financeiro nos obriga a uma gincana contra a morte ou velhice, melhor dizendo, contra a obsolescência do produto ou a corrosão dos materiais.

A felicidade é ter bom funcionamento. Há décadas, o precursor McLuhan falou que os meios de comunicação são extensões de nossos braços, olhos e ouvidos. Hoje, nós é que somos extensões das coisas. Fulano é a extensão de um banco, sicrano comporta-se como um celular, beltrana rebola feito um liquidificador. Assim como a mulher deseja ser um objeto de consumo, como um "avião", uma máquina peituda, bunduda, o homem também quer ser uma metralhadora, uma Ferrari, um torpedo inteligente, e mais que tudo, um grande pênis voador.

A idéia de felicidade é ser desejado. Felicidade é ser consumido, é entrar num circuito comercial de sorrisos e festas e virar um objeto de consumo. Não consigo me enquadrar nos rituais de prazer que vejo nas revistas. Posso ter uma crise de depressão em meio a uma orgia, não tenho o dom da gargalhada infinita, posso broxar no auge de uma bacanal. Fui educado por jesuítas, para quem o sorriso era quase um pecado, a gargalhada um insulto.

Bem - dirão vocês -, resta-nos o amor... Mas, onde anda hoje em dia, esta pulsão chamada "amor"?

O amor não tem mais porto, não tem onde ancorar, não tem mais a família nuclear para se abrigar. O amor ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarrapado, sem rumo. Não temos mais músicas românticas, nem o lento perder-se dentro de "olhos de ressaca", nem o formicida com guaraná. Mas, mesmo assim, continuamos ansiando por uma felicidade impalpável.

Uma das marcas do século 21 é o fim da crença na plenitude, seja no sexo, no amor e na política.

Se isso é um bem ou um mal, não sei. Mas é inevitável. Temos de parar de sofrer romanticamente porque definhou o antigo amor... No entanto, continuamos - amantes ou filósofos - a sonhar como uma volta ao passado que julgávamos que seria harmônico. Temos a nostalgia lírica por alguma coisa que pode voltar atrás. Não volta. Nada volta atrás.
Sem a promessa de eternidade, tudo vira uma aventura. Em vez da felicidade, temos o gozo rápido do sexo ou o longo sofrimento gozoso do amor; só restaram as fortes emoções, a deliciosa dor, as lágrimas, motéis, perdas, retornos, desertos, luzes brilhantes ou mortiças, a chuva, o sol, o nada. O amor hoje é o cultivo da "intensidade" contra a "eternidade". O amor, para ser eterno hoje em dia, paga o preço de ficar irrealizado. A droga não pode parar de fazer efeito e, para isso, a "prise" não pode passar. Aí, a dor vem como prazer, a saudade como excitação, a parte como o todo, o instante como eterno. E, atenção, não falo de "masoquismo"; falo do espírito do tempo.
Há que perder esperanças antigas e talvez celebrar um sonho mais efêmero. É o fim do "happy end", pois na verdade tudo acaba mal na vida. Estamos diante do fim da insuportável felicidade obrigatória. Em tudo.
Não adianta lamentar a impossibilidade do amor. Cada vez mais o parcial, o fortuito é gozoso. Só o parcial nos excita. Temos de parar de sofrer por uma plenitude que nunca alcançamos.
Hoje, há que assumir a incompletude como única possibilidade humana. E achar isso bom. E gozar com isso.
Não há mais "todo"; só partes. O verdadeiro amor total está ficando impossível, como as narrativas romanescas. Não se chega a lugar nenhum porque não há onde chegar. A felicidade não é sair do mundo, como privilegiados seres, como estrelas de cinema, mas é entrar em contato com a trágica substância de tudo, com o não sentido, das galáxias até o orgasmo. Usamos uma máscara sorridente, um disfarce para nos proteger desse abismo. Mas esse abismo é também nossa salvação. A aceitação do incompleto é um chamado à vida.
Temos de ser felizes sem esperança. E este artigo não é pessimista...

Arnaldo Jabor, arnaldo.jabor@estadao.com.br - O Estado de S.Paulo
03 de agosto de 2010 0h 00

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A respeito dos amigos


É fácil conquistar amigos. Basta uma tarde tranquila em local aprazível, na natureza, para se dispor à troca de gentilezas e a um bate papo amistoso. Trocam-se endereços, números de telefones, marcam-se outros encontros.

Programam-se idas ao teatro, um passeio mais demorado no final de semana com as crianças que, afinal, têm idades próximas.

É fácil iniciar novas amizades. Basta um pouco de gentileza e um sorriso, um aperto de mão, a quebra do gelo.

Todavia, manter as amizades é um grande desafio.

À medida que passamos a nos conhecer melhor uns aos outros, começamos a perceber defeitos, fragilidades de comportamento. Horas a mais ao lado e descobrimos que o outro não é exatamente aquilo que dele pensamos no primeiro momento, nos primeiros contatos.

E, no entanto, os amigos são joias delicadas. Quanto mais velhos, mais preciosos. Por vezes, substituímos os velhos por novos amigos.

Afinal, é comum os mais velhos se fazerem saudosistas e se tornarem cansativos.

Ser gentil com os amigos idosos é questão de sabedoria porque, se a morte não nos colher antes, também envelheceremos e seremos como eles. Saudosos e desejando ardentemente não ficarmos sós.

Um amigo idoso é peça de alta tradição e deve ser conservado. Mesmo porque juntos enfrentamos tantas adversidades e percalços.

No trato com os amigos, importante que não cedamos à tentação de retalhar a vida alheia com o punhal da crítica contínua e da ironia, porque eles pensarão que fazemos o mesmo em relação a eles, quando não estamos juntos. E não deixam de ter razão.

Não sejamos pessimistas, semeando desesperança e aumentando ainda mais a dureza da vida dos nossos amigos.

Se for preciso falar a respeito do mal, não nos tornemos maus nos comentários.

Tornemo-nos um porto onde a alegria distribua consolação. Valorizemos o sorriso sem nos tornarmos artificiais.

Sejamos um campo onde as flores da esperança estejam presentes para espantar o desânimo e o desencanto dos nossos amigos.

Ninguém vive sem amigos. Eles são como anjos nos caminhos dos homens.

Mesmo Jesus, o Mestre Divino, não deixou de ter amigos. Para o Seu ministério destacou doze companheiros e lhes ensinou as lições mais profundas do que Ele sabia e vinha de Deus.

Abandonado à hora do martírio por eles, não deixou de aceitar o auxílio de um Cireneu, que se fez amigo naquela hora, ajudando-O a carregar o peso do madeiro.

À hora dos sofrimentos mais intensos, na cruz, aceitou no ladrão que Lhe pediu auxílio, o amigo retardatário que se candidatava ali mesmo, a marchar com Ele, em busca do Reino de Deus.

* * *

Os amigos são abençoadas flores da fraternidade.

Alguns são discretos e exalam seu perfume nas horas caladas das noites sofridas.

Outros, mais extrovertidos, deixam escapar o perfume das suas presenças nas horas das alegrias e da descontração, nas tardes cheias de sol.

Uns nos estendem as mãos e nos enxugam as lágrimas. Outros nos ofertam os ombros fortes para que nos apoiemos, a fim de não sucumbir na caminhada.

Amigos. Presença de Deus materializada na Terra, bálsamo de paz que nos alivia as feridas abertas dos sentimentos dilacerados pelas dificuldades.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 32, do livro Legado Kardequiano, pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 15.07.2010.