sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Fama e narcisismo


Em uma "sociedade narcisista", a invisibilidade é mais intolerável que a prisão. NA CONVERSA leiga, "Fulano é narcisista" significa que ele adora se ver no espelho e nunca pensa nos outros. Na clínica, o sentido da expressão é diferente: o traço dominante da "personalidade narcisista" é a insegurança. Narcisista é quem está sempre se questionando: "O que os outros enxergam em mim? Será que gostam do que vêem?". Em ambos os casos, o narcisista se preocupa com sua imagem. Mas, na conversa leiga, ele seria apaixonado por ela (como o Narciso do mito), enquanto, segundo a clínica, ele seria dramaticamente atormentado pelo sentimento de que sua imagem depende do olhar dos outros. De fato, a clínica tem razão: no espelho, enxergamos sempre e apenas o que os outros vêem (ou o que imaginamos que eles vejam). O mesmo mal-entendido aparece quando a gente constata que vive numa "sociedade narcisista". Na conversa leiga, essa constatação soa como uma queixa moral: estaríamos vivendo no mundo do "cada um por si". A clínica sugere o contrário: numa sociedade narcisista, cada um depende excessivamente dos outros. Somos desprovidos de essência: sou filho SE meus pais me amam, sou pai SE meus filhos gostam de mim, sou psicanalista SE pacientes e colegas me reconhecem, sou colunista SE você agüentou ler até aqui. O espelho que nos define não é o de Narciso, é o da bruxa de Branca de Neve, um espelho que interrogamos, ansiosos. Ora, recentemente, assisti, fascinado, ao processo de seleção da sexta temporada do programa "American Idol" (no canal Sony). É um programa parecido com "Fama", da Globo de dois ou três anos atrás, e com "Ídolos", do SBT. Trata-se de descobrir novos cantores e cantoras. O vencedor é eleito pelo público da TV, mas o que me cativou foi a longa fase inicial, em que os finalistas são selecionados por um júri, entre milhares de jovens concorrentes. Todos os candidatos parecem entusiasticamente certos de que serão o futuro ídolo, mas a audição da grandíssima maioria é propriamente constrangedora. No mesmo canal, há outro programa parecido: "American Inventor", em que desfilam inventores convencidos de que seu achado mudará o mundo, mesmo que se trate da máquina acariciadora de cachorro para dono preguiçoso (uma das invenções propostas). O que leva milhares de sujeitos a encarar uma espécie de humilhação pública? Será que eles são narcisistas à moda da conversa leiga, enamorados de si mesmos a ponto de perder toda autocrítica? Por algum milagre do amor materno, eles guardariam uma imagem de si positiva e imperturbável: "Deixe o mundo falar, pois eu fui, sou e sempre serei o ídolo da minha mãe" (alguns concorrentes, aliás, compareciam acompanhados por uma mãe embevecida). É possível. Mas, nas palavras de muitos candidatos entrevistados, aparecia outra coisa: uma vontade dolorosa de despertar um olhar de reconhecimento não só no público, mas nos seus familiares, ausentes e indiferentes. Era como se eles estivessem dispostos a qualquer coisa para deixar, enfim, de ser invisíveis: "Riam de mim, mas ao menos me vejam". Pode parecer paradoxal que alguém tente chamar a atenção (do pai, da mãe, da irmã e do mundo) expondo-se ao ridículo e ao fracasso. Mas, aparentemente, acontece que escárnio e zombaria são um preço aceitável por um (triste) momento de fama. Uma analogia talvez nos ajude a entender. As estatísticas dizem que há mais jovens que adultos delinqüentes. Justificação tradicional (além da "testosterona" da adolescência): os jovens andam em grupo. Portanto, é freqüente, no caso deles, que haja mais de um réu por crime. Certo. Mas também tudo indica que os jovens delinqüentes são presos mais facilmente que os adultos. Não é imperícia: parece que, de uma certa forma, eles se deixam prender, como se seu gesto transgressor tivesse como finalidade última o encontro com a polícia e o juiz. Por quê? Para a dramática insegurança do narcisismo (aqui no sentido clínico), uma condenação ou um fracasso humilhante apresentam uma vantagem parecida: ambos são preferíveis ao silêncio do outro. Num mundo em que a gente só existe pelo olhar alheio, a invisibilidade é mais intolerável do que o escárnio ou a prisão.

Contardo Calligaris

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O grito


Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular.

-“Não sei o que está acontecendo comigo”, diz a paciente para o psiquiatra. Ela sabe.

Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para outro. Ele sabe.

Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio. Sabemos, sim.

Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe nos nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.

Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.

A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer.

Mas há uma verdade única: ninguém tem dúvida sobre si mesmo.

Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional.

Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança.

Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto.

Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos.

Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz.

E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A verdadeira história da relação homem-mulher


Atualmente ainda é grande o número de mulheres que tem uma visão unilateral e, até certo ponto, machista acerca da história das relações íntimas entre homens e mulheres. É fato que os homens sempre foram fisicamente mais fortes e se beneficiaram disso para, antes da vida em sociedade, ter acesso às mulheres que lhes despertavam o desejo. Em sociedade, porém, as escolhas e as parcerias sempre foram regulamentadas. Determinados homens deveriam se casar com determinadas mulheres e as escolhas eram feitas pelos pais deles. Ao homem cabia uma série de deveres e direitos, sendo o mesmo verdadeiro para as mulheres. É fato que os homens tinham seus direitos matrimoniais, o que significava que as mulheres tinham que estar sempre disponíveis sexualmente. Isso só se modificou de muito poucas décadas para cá.

Agora, os casamentos não foram fundados, ao longo da história, em sentimentos amorosos. Quando um homem quisesse ter acesso a qualquer outra mulher que lhe despertasse o interesse sexual ou sentimental, dependia completamente da concordância dela. Ou seja, dentro do casamento ele tinha direitos e deveres e agia como se fosse o rei, o chefe; mas o clima não era de natureza amorosa e sim de associação para fins reprodutores e para, juntos, enfrentarem a adversidade da vida prática. Qualquer vivência de caráter erótico ou sentimental, que sempre acabava por acontecer, dependia dele se fazer interessante aos olhos das mulheres, sendo que estas já eram interessantes porque haviam despertado neles o interesse sexual e/ou sentimental. Dependiam, portanto, da aprovação delas.

Elas iriam admirar e aceitar a aproximação de determinados homens que tivessem as prendas que elas valorizavam. Ou seja, afora o contexto conjugal, o homem sempre foi muito preocupado em agir de uma forma que agradasse às mulheres. Se elas valorizassem os caçadores de grandes animais, era a isso que eles iriam se dedicar. Ao valorizarem os guerreiros, estimulavam os homens para as guerras. Os homens não queriam as guerras e nem as caças. Queriam as mulheres! Os homens sempre quiseram as mulheres e agiram desta ou daquela forma porque achavam que estavam provocando a admiração delas.

É terrível ver a história masculina por este ângulo triste, no qual o masculino sempre se definiu a partir do feminino. É assim até hoje: se as mulheres valorizarem homens simples, sem carro, cultos, poetas e delicados, assim seremos! Se valorizam os carrões, então queremos ter os carrões. Não para ter os carrões e sim para termos acesso às mulheres.

É por este ângulo que estou vendo a questão e é por isso que não posso aceitar com facilidade esta idéia de que as mulheres foram apenas vítimas da opressão masculina, que elas foram pisoteadas e prejudicadas. É fato que eles as afastaram das boas condições de trabalho social (isso quando pensamos na história recente da humanidade e não nos milênios que nos antecedem). Fizeram isso para se defender, para terem o poder econômico com o qual pretendiam neutralizar o poder sensual feminino. É por fraqueza que fizeram o que fizeram. O homem sempre foi o sexo frágil justamente porque sempre quisemos muito (e ainda queremos) ser bem aceitos pelas mulheres.

Quando se ouve os relatos das inseguranças sexuais dos homens mais delicados, daqueles que não são os cafajestes, eles estão sempre preocupadíssimos em não decepcionar as mulheres com quem estão se relacionando. Eles estão o tempo todo preocupados em não fracassarem sexualmente diante daquelas deusas a quem eles atribuem o direito de julgá-los e de avaliá-los como criaturas dignas, como verdadeiros homens. Isto pode inclusive provocar neles tamanha insegurança que os impulsiona na direção daquelas mulheres que eles menos valorizam e que eles acreditam que agradarão com mais facilidade. Assim, muitos homens legais acabam por se afastar das mulheres que eles gostariam de namorar justamente porque não acham que vão ser aceitos por elas, que não vão estar à altura delas nem mesmo no plano sexual.

Ora, isso não é superioridade e nem dominação. É fraqueza e insegurança. Os homens machões, aqueles que precisam depreciar as mulheres o tempo todo, são movidos por inveja. Falam mal de mulher, mas nos carnavais de antigamente eram os que se fantasiavam com roupas femininas! Queriam ser mulheres porque queriam despertar o desejo visual que sentem por elas. Queriam se sentir desejados do mesmo modo que desejam. Toda hostilidade gratuita é manifestação de inveja. Os machões sentem inveja das mulheres. Os melhores homens se sentem inseguros e não se percebem à altura delas. Onde está a tão falada potência masculina, a tão temida superioridade e dominação dos homens sobre as mulheres?

Flávio Gikovate

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pessoas que sofrem, pessoas que lutam


Nas minhas andanças pelos trabalhos de comportamento com grupos, empresas,
famílias e indivíduos, tenho me deparado com um fenômeno: pessoas profundamente insatisfeitas com o ambiente, com as condições, com as pessoas que as cercam, seja na vida profissional ou familiar. E isso lhes traz acentuado grau de sofrimento psicológico, traduzido em depressões, frustrações e, muitas vezes, com repercussões no sistema biológico, tais como insônias, úlceras, enxaquecas, tensões musculares etc.

Tenho notado, paralelamente a isso, pouco ou quase nenhum esforço dessas pessoas para se resolverem diante de tais ambientes ou pessoas, ou melhor dizendo, para se livrarem do sofrimento a que se encontram submetidas. Prova disso é o tempo prolongado - meses, e às vezes anos - de insatisfação e dor.

Demorei a ter coragem de afirmar: essas pessoas aprenderam a sofrer e, mesmo que neguem sistematicamente, são pessoas que gostam de sofrer. Se examinarmos suas vidas, as veremos estruturadas para o sofrimento. Do ponto de vista da natureza, o que se esperaria de alguém submetido a condições desagradáveis que o agridem nos seus desejos e necessidades?

Uma intensa luta e a busca de mil formas e alternativas para resolver aquelas circunstâncias. No caso a que nos referimos é exatamente o que não se dá.

Toda a energia do indivíduo é voltada para um diagnóstico apurado de todos os aspectos negativos da situação e para a estruturação aprimorada de um sistema de reclamações e queixas sem fim. Isso se agrava na medida em que as queixas começam a congregar as pessoas em torno delas dentro das instituições que se transformam, assim, num extenso muro de lamentações.

As instituições se tornam, dessa forma, o lugar ideal de culto ao negativo, aos limites da realidade, à incompetência, à desgraça e ao mal. O sofrimento, antes de ser um convite à transformação, passa a ser o objeto central das conversas, das reuniões, dos encontros. O sofrimento é falado e contestado verbalmente, às vezes, com veemência, sem nenhuma tomada de decisão conseqüente.

Diz o Dicionário Aurélio que acomodação é a "falta de ambição, de aspiração, desambição e conformismo". As queixas e reclamações, em qualquer ambiente, dão ao indivíduo e aos que o cercam a impressão de não se estar acomodado.
Mas, de verdade, são o primeiro sinal de quem não quer mudar: "O nosso relacionamento não tem solução"; "Não acredito mais"; "Não temos nesta empresa a menor perspectiva"; "Somos muito mal-remunerados"; "Não nos valorizam" etc., etc.

Será que a pessoa acredita piamente no poder mágico das queixas e, que se forem repetidas sistematicamente todos os dias e em todos os lugares, as coisas um dia vão melhorar? A melhoria é e sempre será fruto de muita luta real, muitas idéias criativas, muitos riscos e muito desejo genuíno de mudança. A acomodação nos protege e nos dá a falsa sensação de segurança, mas em troca nos mata emocionalmente. Há muitos anos eu acreditava que as circunstâncias externas eram realmente 100% responsáveis pelo sofrimento das pessoas. Hoje, penso radicalmente o contrário. Nas mesmas circunstâncias em que algumas pessoas optam pela loucura, outras optam pelo crescimento, pela mudança, pela renovação. Não podemos negar os aspectos negativos da realidade. Quando se deseja realmente algo, do fundo do coração, alguma coisa se faz por alcançá-lo e nasce alegria só de tentá-lo. A acomodação é a forma mais sutil de deterioração e suicídio, seja profissional ou pessoal.

O mundo hoje nos impõe profundas mudanças pessoais. Mudanças, sobretudo, na forma de encararmos as nossas relações. Pessoas apáticas, queixosas, amargas, revoltadas no falar, mas acomodadas, estão dando lugar a um novo tipo de ser humano: uma pessoa que, a par dos seus limites e das dificuldades da realidade, querem tentar, pois acreditam verdadeiramente que é preferível morrer vivendo do que viver morrendo.

E a esperança? É a antítese da acomodação. É a crença de que enquanto estivermos entre os vivos, temos a obrigação de crescer e descobrir novos rumos, novos caminhos, novas maneiras de lidar com o mundo e de estar no mundo. Somos sempre responsáveis pelas nossas escolhas e, por isso, devemos escolher sempre e cada vez melhor. E se as escolhas que fazemos não servem e nos fazem sofrer, quem é o responsável? E se as escolhas que fazemos não servem e nos fazem sofrer, quem é o responsável, nós ou as circunstâncias?

Antônio Roberto

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Olhai as aves do céu


Todos os dias nós saímos de casa objetivando levantar o sustento indispensável para suprir as nossas necessidades. Neste sentido nos assemelhamos muito aos pássaros que todos os dias deixam bem cedo os seus ninhos para encontrar alimento para si e para seus filhotes. Mas há aspectos que nos diferenciam de modo significativo de nossos irmãos alados.

Em primeiro lugar, eles não têm férias ou descanso remunerado. Eles trabalham como elemento essencial de suas próprias vidas. É parte daquilo que eles entendem como existir. Você já parou para pensar que estes conceitos nasceram no contexto da revolução industrial do século XVIII?

Antes disso as pessoas só deixavam de trabalhar um dia por semana (sem férias ou feriadões) e isto por motivos religiosos. Os cristãos paravam no domingo, os judeus no sábado e os mulçumanos na sexta-feira. Nestes dias eles buscavam a Deus, conviviam em família e descansavam seus corpos das labutas do cotidiano.

Mas é preciso que consideremos a respeito da razão das férias e feriadões existirem. Creio, que o que justifica isso, é o fato de que o trabalho foi conceitualmente transformado em um transtorno, um mal necessário, e deixou de ser aquilo que era desde o início, uma expressão da natureza humana, uma condição de vida.

Os nossos amigos passarinhos não “vão trabalhar”, eles apenas “vão existir”, e isto implica em encontrar comida e disputá-la com os de sua espécie e as demais criaturas vivas, todas elas igualmente a procura de alimento, inclusive as que comem pássaros...

Uma segunda diferença tem a ver com os estoques que nós fazemos. Somos seres guardadores, pensamos que poderemos precisar um dia e, por via das dúvidas, estocamos. E fazemos isso com tudo: dinheiro, roupas, sapatos, jóias... O resultado disso é que com o tempo acabamos confundido as nossas reais necessidades, com aquilo que é de fato apenas uma baixa em nossas “reservas estratégicas”, que acabam guindadas à condição de elemento fundamental para uma existência confortável.

Os pássaros, por outro lado, não guardam nada. Nem comida, nem água, nem o material que utilizam para construir seus ninhos. Por que será? É possível que eles não o façam simplesmente porque isto é absolutamente inútil. Em condições normais haverá sempre alimento para sustentá-los e em vindo a seca e a fome o alimento que poderiam estocar não resolveria o problema. Assim, geração após geração, eles aprenderam a tão somente confiar em que a Providência suprirá o que lhes fosse necessário. Nós aprendemos a desconfiar, eles a entregar. Uma última distinção tem a ver com a simplicidade. Jesus disse que deveríamos ser “simples como as pombas e prudentes como as serpentes”. Em que reside à simplicidade dos pássaros se eles são cobertos de penas multicoloridas? Se para fazer a corte muitas espécies eriçam suas penugens e as exibem como se fossem pesados casacos de pele ou delicados e ricos vestidos?

Talvez a resposta esteja no fato de que eles só mostram o que realmente têm ou são. Não há fingimento neles. Há exibição sem exibicionismo. Há plasticidade, sem maquiagem. Lá ninguém faz nada só por status. E por falar nisso, sabe o que é status? “É gastar o dinheiro que você não tem, para comprar aquilo que você não precisa, para impressionar alguém que você não conhece”. Parece ridículo, não? Mas o fato é que nós fazemos isso o tempo todo. E por isso sofremos, nos sentimos fracassados, porque não possuímos o carro que gostaríamos, porque não freqüentamos os restaurantes que sonhamos e porque não moramos naquele apartamento que nos faria “eternamente felizes".

Contudo os nossos amigos pássaros usam apenas as penas que têm, da melhor maneira que podem. Não se sentem menores por causa da sua cor, nem por causa de seus tons. Apenas se emplumam e seguem a diante. Estou certo que seríamos muito mais felizes se, como disse o rabino da Galiléia, “olhássemos as aves do céu”.

domingo, 25 de setembro de 2011

Último domingo de Setembro. Dia Mundial do Coração.


Seu coração está em suas mãos,
Cuida dele com muito Carinho,
E ele retribuirá com muito Amor.

Um coração Apaixonado precisa de Carinho e Atenção.
Um coração saudável também.
Tenha uma vida salutar.
Coma bem e pratique exercícios.
Em suas mãos está sua saúde,
e a saúde de seu coração.
Dentro de seu coração estão todas as pessoas que você ama,
e que se preocupam com você,
Lembre-se sempre disso.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Caminho da Vida


O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Charles Chaplin (O Último discurso, do filme O Grande Ditador)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A despedida do Amor


Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a `dor-de-cotovelo` propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Martha Medeiros

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Não tenha medo de ser você


Quando o indivíduo tem compromisso com sua essência, a vida não se torna um fardo pesado de carregar.
Não tenha medo de ser você.
Felicidade é como dieta, todo mundo sabe o que tem de fazer para conseguir seu objetivo, mas a maioria não põe em prática esse conhecimento.
A primeira transformação necessária para que ocorra a felicidade é passar a acreditar na possibilidade de um mundo onde todos possam se realizar.
Lealdade aos meus funcionários também é lucro.
É importante perceber que o despertar depende de você.
Nossas riquezas ultrapassam o lado material.
É preciso saber lutar como um leão, mas lutar por sonhos que valham a pena.
Liberte seu coração e deixe que ele construa seu futuro.
A luta é indispensável para realizar as metas da alma, ou seja, lutar é saudável quando se constrói a felicidade.
O mais importante de tudo é poder ter a sensação de que viver vale a pena.
Ser amigo de si próprio é compreender seus erros e ser seu cúmplice para enfrentar os desafios.
Com minha felicidade contribuí com mais luta para o planeta.
Não desfrute somente o sol, aprecie também a lua.
A felicidade é uma experiência ligada à sabedoria
Sua vida muda quando você muda.
O primeiro passo para promover uma mudança é libertar-se da imagem que você transmite aos outros.
Negar as próprias aspirações é um desperdício de energia que faz falta para suas realizações.
A sociedade exige que sejamos bonzinhos, mas quem é bonzinho o tempo todo acaba enlouquecendo de verdade.
A pior maneira de não chegar a determinado lugar é pensar que já se está lá.
Quando alguém se dedica a alimentar ilusões, perde oportunidades.
Você tem mais valor do que qualquer cargo.
A melhor cura do baixo-astral é abrir os olhos para o mundo.
A felicidade é feita de pequenas pérolas que você cultiva a cada dia, a cada hora.
Enquanto você acreditar, o medo não vai se instalar.
Para viver intensamente é necessário conviver com os riscos.
O medo reside no sofrimento do passado e cria a dor do futuro.
Nosso maior adversário está dentro de nós.
Uma das armadilhas mais comuns da infelicidade é o adiantamento.
Antes de reagir, observe.
As pessoas costumam sofrer mais do que a situação exige.
O amor é um aprendizado. Como diz o poeta, amar se aprende amando.
Nunca desista de um amor simplesmente por causa dos obstáculos.
Poder é ser dono de sua atenção.
Quando o amor é artificial, o dinheiro tornar-se fundamental.
Nós é que transformamos a semente em árvore para poder colher os frutos.
É importante entender que o sofrimento quase sempre é uma opção individual.
Sofrer ou não é uma decisão de cada pessoas e de mais ninguém.
O problema é que destruir o passado é o mesmo que abandonar uma parte de si próprio.
As pessoas estão se esquecendo do quanto é gostoso sair só para se divertir, conhecer gente, trocar afetos e fazer amizades.
As feridas da alma são curadas com carinho, atenção e paz.
Você é a pessoa que escolhe ser.
O ser humano saudável é infinitamente criativo, mas quando fica neurótico torna-se excessivamente rígido.
As pessoas criam mitos para depois se decepcionar com eles.
As pessoas acreditam e vivem baseadas em suas verdades.
Sua vida é conseqüência do que você é.
Quando se tem sonho grande, a vida se expande. Sonhos grandes impulsionam, motivam, dão energia.
Sonhar é de graça, mas realizá-lo custa muito.
Problemas não impedem ninguém de ser feliz.
A felicidade é a oportunidade que você cria para ser o artista de sua autocriação.
Felicidade é algo que vive dentro de você, de seu coração.

Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos e o coração desocupados.

Roberto Shinyashiki

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Minha querida Mãe!


Há tempos que se foi, mas nunca será esquecida.
Sempre presente nos meus pensamentos e nas minhas orações.
Saudade de quem me amou incondicionalmente, aliviando e compartilhando minhas dores e sofrimentos.
Saudades de quem na sua infinita bondade e humildade transbordava seu amor e carinho.

Minha linda, grandiosa e amada Mãe!
Quem dera poder voltar a sentir o toque de suas mãos e poder te retribuir em carinho e beijos.

Queria que soubesse da imensidão do meu amor, da saudade eterna e da falta que você faz até hoje.
Saudades da melhor amiga que tive nessa vida. Daquela que me apoiou, orientou e incentivou. Sempre que pode esteve ao meu lado.

Agradeço a todo amor que tive e dos momentos de harmonia que você conduziou tão bem.
A sua perda é irreparável e me faz repensar o sentido da minha vida. Você foi um exemplo!!!

Com Amor para Sempre!

Saudades...

Viviane Noguerol

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sua amiga é pra sempre


Algumas vezes na vida, você encontra uma amiga especial. Alguém que muda sua vida simplesmente por estar nela. Alguém que te faz rir até você não poder mais parar. Alguém que faz você acreditar que realmente tem algo bom no mundo. Alguém que te convence que lá tem uma porta destrancada só esperando você abri-la. Isso é uma amizade pra sempre. Quando você está pra baixo e o mundo parece escuro e vazio, sua amiga pra sempre te põe pra cima e faz com que o mundo escuro e vazio fique bem claro. Sua amiga pra sempre te ajuda nas horas difíceis, tristes e confusas. Se você se virar e começar a caminhar, sua amiga pra sempre te segue. Se você perder seu caminho, ela te guia e te põe no caminho certo. Sua amiga pra sempre segura sua mão e diz que vai ficar tudo bem. Sua amiga é pra sempre, e pra sempre não tem fim.

Marilyn Monroe

Minha querida amiga, Feliz Aniversário!!!

sábado, 3 de setembro de 2011

Auto Estima


Se um dia alguém fizer com que
se quebre a visão bonita que você
tem de si, com muita paciência
e amor reconstrua-a.
Assim como o artesão recupera a sua
peça mais valiosa que caiu no chão,
sem duvidar de que aquela é
a tarefa mais importante.
Você é a sua criação mais valiosa.
Não olhe para trás.
Não olhe para os lados.
Olhe somente para dentro,
para bem dentro de você e faça
dali o seu lugar de descanso,
conforto e recomposição.
Crie este universo agradável para si.
O mundo agradecerá o seu trabalho.

Charles Peatch

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Gostar sozinho dá trabalho


Gostar sozinho dá trabalho
É como costurar colcha
Com agulha cega
...Confiando apenas
No prazer de entrelaçar

Olha-se o tear,
Inspira-se com a paisagem que acena pela janela,
Mas a lida prossegue só
Laçando linha por linha

Quem costura um amor
Cria um laço,
Um nó
E o quanto aquilo agarra no peito
Depende do manejo
Da qualidade do fio
E do desprendimento da moça
Em não se importar
Em costurar sozinha.

Alice Venturi

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Bem viver


1. Domine a Língua. Diga sempre menos do que pensa. Cultive uma voz baixa e suave. O modo de falar impressiona mais do que o conteúdo da fala.
2. Pense antes de fazer uma promessa e depois não a quebre, nem dê importância ao quanto lhe custa cumpri-la.
3. Nunca deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.
4. Tenha interesse nos outros, em suas ocupações, em seu bem-estar, seu lar e família. Seja sempre alegre com os que riem e lamentem com os que choram. Aja de tal maneira que as pessoas com quem se encontrar sintam que você lhes dispensa atenção e lhes dá importância.
5. Seja alegre. Conserve para cima os cantos da boca. Esconda suas dores, desapontamentos e inquietações sob um sorriso. Ria de histórias boas e aprenda a contá-las.
6. Conserve a mente aberta para todas as questões em discussão. Investigue, mas não argumente. É próprio das grandes mentalidades discordar e ainda conservar a amizade de seu oponente.
7. Deixe as suas virtudes, se as tiver, falarem por si mesmas e recuse falar das faltas e fraquezas dos outros. Condene os murmúrios. Faça uma regra de falar só coisas boas dos outros.
8. Tenha cuidado com os sentimentos dos outros. Gracejos e críticas não valem a pena e freqüentemente magoam quando menos se espera.
9. Não faça questão das observações más a seu respeito. Viva de modo que ninguém as acredite.
10. Não seja excessivamente zeloso dos seus direitos. Trabalhe, tenha paciência, conserve-se calmo, esqueça-se de si mesmo e receberá a recompensa.