quinta-feira, 30 de junho de 2011

Os 13 passos para o bem


1- Por mais que lhe falem da tristeza
prossiga sorrindo!
2- Por mais que lhe demonstrem rancor
prossiga perdoando!
3- Por mais que lhe tragam decepções
prossiga confiando!
4- Por mais que lhe ameacem de fracasso
prossiga apostando na vitória!
5- Por mais que lhe apontem erros
prossiga com os seus acertos!
6- Por mais que discursem sobre a ingratidão
prossiga ajudando!
7- Por mais que noticiem a miséria
prossiga crendo na prosperidade!
8- Por mais que lhe mostrem destruições
prossiga na construção!
9- Por mais que acenem doenças
prossiga vibrando saúde!
10- Por mais que exibam ignorância
prossiga exercitando sua inteligência!
11- Por mais que o assustem com a velhice
prossiga sentindo-se jovem!
12- Por mais que plantem o mal
prossiga semeando o bem!
13- Por mais que contem mentiras
prossiga na sua verdade!
Por mais difícil que lhe pareçam essas 13 tarefas
prossiga acreditando na capacidade que
Deus lhe deu para cumpri-las!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Aprenda


“Aprenda a confiar em você e vá em frente com coragem e força, esquecendo o passado negativo. Comece agora a acionar as energias positivas, porque a consciência tranqüila possui maior força.

[...] Aprenda a dar o melhor naquilo que faz, sentindo-se capaz, sem dúvida nem possibilidade de fracasso. Amplie as dimensões dos seus conhecimentos...

Crie vibrações de alegria e felicidade, expandindo amor para todos. Desta maneira , seu mundo tornar-se-á mais bonito e sua vida mais bela, porque a mesma força que impele para o mal impulsiona para o bem.

[...] A vigilância no campo da ação faz crescer. Quem assim agir, irradiará luz, expulsará a sombra e fará emergir na subconsciência e força que transforma a vida.

[...] O homem para ter saúde, necessita estar equilibrado. O equilíbrio traz vitalidade, energias que se renovam, fornecendo força, coragem, alegria de viver.
Seja bom e faça o bem. Perdoe, ame, procure sempre obedecer as Leis Divinas. Assim procedendo, criará pelo pensamento, vibrações positivas, com possibilidades de firmar consigo mesmo compromissos de honra, prestando serviço de valor, esclarecendo com sabedoria a si mesmo e a coletividade.”

Por Espírito: Irmão Jerônimo

terça-feira, 28 de junho de 2011

Amor Encantado


A maior parte das vezes, apaixonamo-nos, mas não podemos permanecer assim. O mundo, então, chama esse estado em que estivemos de ilusão ou obsessão. Porém, não estávamos iludidos. Não estávamos obcecados. Simplesmente nos faltou, ou faltou a outra pessoa, a habilidade emocional para conservar a magia quando a manhã chegou. Mais tarde, diremos a nós mesmos que aquele momento de magia não foi real, mas essa análise não passa de uma mentira coletiva. Inventamos a mentira como um meio de enfrentar o desapontamento de ter estado na lua numa noite estrelada, e então caímos para o que pode parecer uma terra estéril.

Essa mentira é pouco mais do que uma conspiração social.

[...] Na verdade, podemos ir à lua e manter sua magia por toda a vida. Podemos respirar no seu espírito e nunca soltar o ar. Podemos possuir os poderes e a experiência do encantamento romântico por toda uma vida de cintilante aventura. Podemos entrar no templo e receber um novo coração, para sempre aceso com calor cor de laranja. Tendo ido à lua e acreditado no que vimos por lá, podemos voltar com a passagem que sempre nos levará de volta.

[...] Entramos nesse reino aos pares. Não é apenas um lugar para férias emocionais mas, de fato, nossa mais nova fronteira espiritual. Na verdade, nesse lugar não vivemos apenas. Nesse lugar, vivemos para sempre.

Marianne Williamson

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Meu Destino

Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.

Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.

Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.

Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...

Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.

Esse dia foi marcado
com a pedra branca da cabeça de um peixe.

E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...

Cora Coralina

domingo, 26 de junho de 2011

Dizer sim quando quero dizer não


Dizer sim quando quero dizer não é dar mais valor aos outros do que a mim, é não colocar meus limites, e isso é não me respeitar. É o mesmo que dizer que o que eu sinto não vale nada, que os ouros podem passar por cima de mim à vontade. E eles passam, sem dó nem piedade.

Hoje estou aprendendo a dizer não. Quando não quero alguma coisa, simplesmente digo não. Sem raiva nem emoção. Um não é só uma negativa. É nosso limite. Um direito que temos de decidir o que desejamos ou não fazer. A isso se dá o nome de dignidade. Quando nos colocamos com sinceridade, dizendo o que sentimos, somos respeitados.

Zíbia Gasparetto

sábado, 25 de junho de 2011

Caio Fernando de Abreu


“Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.

Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."

Caio Fernando de Abreu

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Faz de Conta


Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: FAZ DE CONTA QUE EU TE ODEIO

Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: FAZ DE CONTA QUE EU TE AMO.

Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: FAZ DE CONTA QUE EU DOU CONTA DO RECADO.

Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO QUERO.

Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto:FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.

Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.

Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: FAZ DE CONTA QUE NÃO DÓI.

Martha Medeiros

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Viver com alegria III


Alguém que cultiva a alegria de viver já possui um tesouro. Esparze-o onde te encontres e oferta-o a quem se te acerque, tornando mais belo o dia a dia de todos os seres com o sol do teu júbilo.
Se já encontraste Jesus, melhor razão tens para a alegria, porque envolto na Luz do mundo, nenhuma sombra te ameaça.
Serás, ao longo da vilegiatura carnal, o que te faças a cada instante, conforme o és, resultado do que te fizeste.
Alegra-te com a vida que desfrutas e agradece sempre a Deus a glória de saber e de amar para agir com acerto.


Joanna de Angelis
Psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Viver com alegria II


Os sentimentos cultivados transformam-se em estímulos para as ações que se materializarão mais tarde.
Se permitires que a tristeza torne-se companheira frequente das tuas emoções, a melancolia em breve estará instalada nos teus sentimentos, tirando a beleza da existência.
Se te apoias à queixa contumaz, a tua será uma conduta amargurada, fazendo-te indisposto e desagradável.
Se optas pelo cultivo de ideais enobrecedores de qualquer natureza, o entusiasmo pela sua preservação fará dos teus dias um contínuo encantamento.
Se tens o hábito de encontrar sempre o melhor, quase invisível ou imperceptível, nos acontecimentos menos felizes, desfrutarás de esperança e de júbilos permanentes.
A existência física não é uma viagem miraculosa ao país da fantasia, mas uma experiência de evolução assinalada por processos de refazimento uns e outros de conquistas inevitáveis, que geram sofrimento porque têm a finalidade de desbastar os duros metais da ignorância e aquecer o inverno do primarismo...
É natural, pois, que a dor seja companheira do viajante carnal.
Quando jovem, tudo são expectativas, ansiedades, incertezas...
Quando na idade madura, a colheita de reflexos da juventude propicia, quase sempre, insatisfações e desencantos.
Quando na velhice, em face do desgaste, o aborrecimento pela perda da agilidade, da memória, da audição, da visão, da facilidade que era habitual, se manifesta...
Sempre haverá motivo para reclamação, porque cada dia tem a sua própria quota de aflição, que deve ser aceita com bonomia e naturalidade.
Com a alegria de viver instalada no imo, sempre haverá uma forma de encarar os acontecimentos, concedendo-lhe validade e dele retirando a melhor parte, como afirmou Jesus, aquela que não lhe será tirada, porque representa conquista inalienável para a mente e para o coração.
Adapta-te, desse modo, às ocorrências existenciais, alegrando-te por estares no corpo, fruindo a oportunidade de corrigir equívocos, de realizar novos tentames, de manter convivências saudáveis, de enriquecimento incessante...
A vida com alegria é, em si mesma, um hino de louvor a Deus.
Não te permitas, portanto, a convivência emocional com as manifestações negativas do caminho por onde transitas.
Observa as margens do teu caminho e rega-as, mesmo que seja com suor e lágrimas, a fim de que as sementes do Divino Amor que se encontram nelas sepultadas, germinem e transformem-se nas flores que adornarão a tua marcha ascensional.
Liberta-te, mesmo que te seja exigido um grande esforço, das heranças primárias, filhas da agressividade, do inconformismo, dos impositivos egoístas que te elegem como especial no mundo, e considera que fazes parte da grande família terrestre, sujeito como todos os demais às injunções dos mecanismos da evolução.

Joanna de Angelis
Psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco

terça-feira, 21 de junho de 2011

Viver com alegria I


Saúda o dia nascente com alegria de viver aureolada pela gratidão a Deus.
Cada novo dia é abençoada oportunidade de crescimento espiritual e de iluminação interior.
Atravessar o rio dos problemas de uma para a outra margem, onde se encontram as formosas atividades de engrandecimento moral, é a tarefa inteligente da pessoa que anela pela conquista da felicidade.
Quando se abre a mente e o coração à alegria, é possível descobri-Ia em toda parte, bastando olhar-se para a Vida, e ei-la jubilosa...
Quando se adquire a consciência da responsabilidade, de imediato sente-se que se é livre, mas essa liberdade é sempre conquistada pela ação que se converte em bênção de amor.
Somente através do amor perfeito é que o ser humano pode considerar-se realmente livre de todas as amarras, mesmo que essa aquisição seja lograda, de alguma forma, através do sofrimento.
O sofrimento faz mal, no entanto, não é um mal, porque oferece os recursos valiosos para a aquisição do bem permanente.
Eis porque o trabalho de qualquer natureza deve ser realizado com o sentimento de amor, o que equivale a uma postura de liberdade em ação.
Quando o amor não está presente no sentimento, a alegria não se enfloresce, porque permanece sombreada pelas dúvidas e suspeitas, porquanto somente através do amor é que se adquire a perfeição, em face dos mecanismos de ação que movimenta.
Pessoas existem que afirmam não poderem amar porque não compreendem o seu próximo, tendo dificuldade em aceitá-lo conforme é. A questão, no entanto, é mais sutil, e deve ser formulada nos seguintes termos: porque não ama, torna-se difícil compreender, em razão dos caprichos egoísticos que dificultam a bondade em relação aos outros.
Quando o amor se instala, a alegria de viver esplende como resultado da própria alegria de ser consciente.
A alegria não é encontrada em mercados ou farmácias, mas nos recônditos do coração que sente e ama, favorecendo-lhe o surgimento como um contínuo amanhecer.
Basta que se lhe ausculte a intimidade, e ei-la triunfante sobre a noite das preocupações.
Em realidade, viver com alegria não impede a presença dos sofrimentos que fazem parte do processo da evolução. Pelo contrário, é exatamente por serem compreendidos como indispensáveis que proporcionam satisfações e bem-estar.
Sempre que possível expressa a tua alegria de viver.

Joanna de Angelis
Psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Então, não perca seu tempo comigo


Então, não perca seu tempo comigo.
Eu não sou um corpo que você achou na noite.
Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer.
Eu não preciso do seu dinheiro.
Muito menos do seu carro.
Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes.
Das suas mãos quentes.
Do seu colo pra eu me deitar.
Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro.
Eu não vou te pedir nada.
Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar.
Mas uma coisa, eu exijo.
Quando estiver comigo, seja todo você.
Corpo e alma.
Às vezes, mais alma.
Às vezes, mais corpo.
Mas, por favor, não me apareça pela metade.
Não me venha com falsas promessas.
Eu não me iludo com presentes caros.
Não, eu não estou à venda.
Eu não quero saber onde você mora.
Desde que você saiba o caminho da minha casa.
Eu não quero saber quanto você ganha.
Quero saber se ganha o dia quando está comigo.

Caio Fernando Abreu

domingo, 19 de junho de 2011

Nosso maior medo não é o de sermos incapazes


Nosso maior medo não é o de sermos incapazes.
Nosso maior medo é descobrir que somos muito mais poderosos do que pensamos.
É nossa luz e não nossas trevas, aquilo que mais nos assusta.
Vivemos nos perguntando: quem sou eu, que me julgo tão insignificante, para aceitar o desafio de ser brilhante, sedutora, talentosa, fabulosa?

Na verdade, por que não?
Procurar ser medíocre não vai ajudar em nada o mundo ou os nossos filhos.
Não existe nenhum mérito em diminuir nossos talentos, apenas para que os outros não se sintam inseguros ao nosso lado.

Nascemos para manifestar a glória de Deus – que está em todos, e não apenas em alguns eleitos. Quando tentamos mostrar esta glória, inconscientemente damos permissão para que nossos amigos possam também manifestá-la.

Quanto mais livres formos, mais livres tornamos aqueles que nos cercam.

Marianne Williamson

sábado, 18 de junho de 2011

Lei do Caminhão de Lixo


Um dia peguei um taxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa, quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.
O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!

O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente. Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigável.

Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!'

Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de "A Lei do Caminhão de Lixo."

Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu!

Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. Fique tranquilo... respire e deixe o lixo passar.

O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta, não leve lixo. Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações... Ame as pessoas que te tratam bem, e trate bem as que não o fazem.

A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!

Tenha um bom dia, Livre-se de lixo!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Medo de amar


Renato Russo cantou “de olhos fechados não me vejo e você sorriu pra mim”. A frase, encontrada na música "Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar", é assaz significativa.
Por que temos medo de amar, de nos entregar a outra pessoa, de nos desfazermos de nós mesmos e nos entregarmos a um sentimento por outrem? Claro, quem tem ideia fixa é obsessivo e ninguém é insubstituível.

O fato é que existem por aí inúmeras pessoas procurando um príncipe ou uma princesa encantada e como disse Renato Russo estão de olhos fechados e assim não estão percebendo os desencantados que estão ao lado.

A verdade é que nessa procura por par ideal ou idealizado, por essa perfeição humana, o tempo vai passando e vamos deixando de viver. Claro, ninguém é obrigado a ficar com outra pessoa, a namorar, casar, ter filhos, são mais convenções sociais do que necessariamente necessidades.

Procure na história de humanidade pessoas que se doaram por várias outras pessoas em detrimento de uma só. Sublimaram seus sentimentos, suas carência afetivas e buscaram melhorar a humanidade e não apenas satisfazer um sentimento egoíco de posse.

Adriana Calcanhoto chegou a afirmar em uma música “Você não tem medo de mim, você tem medo é de você, você tem medo de querer, de amar”. É muito mais fácil nos escondermos atrás de um sonho, de uma ilusão e encarar a realidade de frente. A realidade que todo mundo tem defeitos, mas que também tem qualidades. E o mais importante, todos podem mudar.

Muitas pessoas afirmam, tenho medo de sofrer. O grande problema é que estão sofrendo duas vezes. Estão sofrendo de solidão, sofrendo com medo de tentar e sofrerão mais tarde pelo tempo perdido, pelo medo que tiveram por causa do medo que tinham e chegará o medo de não haver mais tempo.

Quer um conselho? Entre o medo de amar, de se entregar, de sofrer, tenha a coragem de mudar. Todos podem mudar. Aquele desencantado que hoje está ao seu lado, só num será o seu príncipe ou princesa se você não lhe permitir uma oportunidade, não lhe estender a mão. A vale a pena tentar.

E por que vale a pena? Pelo simples fato real e concreto que tudo está em transformação, não procure o acabado, tente acabar alguma coisa. Um artista talha a pedra bruta até criar a estátua perfeita. O pintor diante tela em branco reproduz a imagem interior que lhe apetece. O escritor em face das páginas em branco é capaz de mudar o rumo da história.

Que dizer da força do amor que pode mudar humanidade?
Quantas histórias não escutamos por pelo mundo afora de pessoas que mudaram depois de conhecerem outras, depois de um filho, de um relacionamento, de um casamento, de um amor, depois que alguém saiu do casulo e o aceitou, abriu a casa do coração e falou de sentimento?

É claro que ainda não logramos o amor renúncia, libertário, ainda somos seres possessivos, ciumentos, por isso temos dores, lágrimas, medo, desencantos. Mas se eu ponho na minha cabeça que ninguém é de ninguém, é bem provável que eu perca esses sentimentos.

Verdade seja dita também, que muitas vezes perdemos várias oportunidades que a vida nos oferece por dois motivos básicos, ou somos sem paciência demais ou somos devagar ao extremo. Primeiro pela pressa, a agonia que querer por querer estar com alguém por estar, o medo da solidão, ou até mesmo, apenas pelo fado do acompanhamento, muitas vezes nos leva a relacionamentos malogrados, inseguros, desrespeitosos, desequilibrados. Segundo por esperar demais, escolher demais, deixar o tempo passar demais, e perder assim as pessoas maravilhosas que cruzam o nosso caminho e agente só percebe a importância delas depois de muito tempo.

Chico Buarque cantou “não se afobe não que nada é pra já, o amor não tem pressa ele pode esperar, em silêncio, num fundo de armário... milênios, milênios no ar”...

Ronaldo Magella

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Strip-Tease


Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.

Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".

Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua.
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

Martha Medeiros

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Amar é....

Viver uma verdadeira experiência amorosa é um dos maiores prazeres da vida.

Amar é sentir com a alma, mas expressar os sentimentos depende das idéias de cada um.

Condicionamos o amor as nossas necessidades neuróticas e acabamos com ele.

Vivemos uma vida tentando fazer com que os outros se responsabilizem pelas as nossas necessidades enquanto nós nos abandonamos irresponsavelmente. Queremos ser amados e não nos amamos.

Queremos ser compreendidos e não nos compreedemos, queremos o apoio dos outros e não damos o nosso a eles.

Quando nos abandonamos, queremos achar alguém que venha prencher o buraco que nós cavamos.

A insatisfação, o vazio interior se tranforma na busca contínua de novos relacionamentos, cujos resultados frustantes se repetirão. Cada um é o único responsavél pelas suas próprias necessidades.

Só quem se ama pode encontrar em sua vida um amor de verdade!

Zíbia Gasparetto

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dessa vez não vou evitar dizer


Dessa vez não vou evitar dizer o que está na minha cabeça só porque eu sei que minha mente geminiana vai negar no dia seguinte, não fugirei de palavras bonitas porque quem diz não é uma pessoa perfeita, não arrumarei mil defeitos pra brigar contra as novecentas e noventa e nove qualidades, não desviarei meus olhos por medo de ter minha mente lida, não sumirei por medo de desaparecer, não vou ferir por medo de machucar, não serei chata por medo de você me achar legal, não vou desistir antes de começar, não vou evitar minha excentricidade, não vou me anular por sentir demais e logo depois não sentir nada, não vou me esconder em personagens, não vou contar minha vida inteira em busca de ter realmente uma vida.

Dessa vez não vou querer tudo de uma vez, porque sempre acabo ficando sem nada no final.
Estou apostando minhas fichas em você e saiba que eu não sou de fazer isso. Mas estou neste momento frágil que não quer acabar. Fiquei menos cafajeste, menos racional, menos eu. E estou aproveitando pra tentar levar algo adiante. Relacionamentos que não saem da primeira página já me esgotaram, decorei o prólogo e estou pronta pro primeiro capítulo.

Caio Fernando de Abreu

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quadras de Santo António


Ó meu rico Santo António
Ao colo tens o Menino
Põe-me a mim no outro braço
Que ainda sou pequenino...

Santo António
Santo Antoninho
Dá-me um copo de água
Que eu dou-te um de vinho.
Santo António Casamenteiro
Traz-me uma mulher
E muito dinheiro

No dia de Santo António
Há muitos divertimentos
Os namorados fazem quadras
P'ra mostrar os seus sentimentos.

Ó meu rico Santo António,
és um santo popular,
na tua festa
não falta sardinha para assar.

Santo António, Santo António
Que tens tu de especial?
Só sei que na tua festa
Há alegria no arraial.

Ó meu rico Santo Antonio
Ó meu rico Santo Antoninho
Dá-me uma sardinha
Para o meu amorzinho.

Santo António, Santo António
É pena não te ver
Assa-me umas sardinhas
Para eu poder comer.

Santo António de Lisboa
Guardador dos olivais
Guardai a minha azeitona
Do biquinho dos pardais.

Ó Santo António de Lisboa
Tu que tens fama de casamenteiro
Se o casamento fosse coisa boa
Tu próprio não ficavas solteiro!

Santo António é tão santo
Que livrou seu pai da morte
Bem podia Santo António
Dar-me uma bonita sorte.

Meu rico Santo António
Santinho do meu coração
Dá-me riqueza e saúde
Muita paz e muito pão.

domingo, 12 de junho de 2011

"Meu amor... Meu amor é um delírio...


"Meu amor... Meu amor é um delírio...
É volúpia, que abrasa e consome...
Meu amor é uma mescla sem nome.
És um anjo, e minha alma - um altar.
Oh! meu Deus! manda ao tempo que fuja,
Que deslizem em fio os instantes,
E o ponteiro, que passa os quadrantes,
Marque a hora em que a possa beijar!"

Castro Alves

sábado, 11 de junho de 2011

Sumi

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ânsia


Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O teu riso


Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Nerruda

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Como dizia o poeta


Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.

Vinícius de Moraes

terça-feira, 7 de junho de 2011

Amar não é sofrer


A frase que dá título a esta crônica é óbvia, mas milhares de pessoas não a levam a sério e vivem relações absolutamente torturantes sem conseguir rompê-las.

Homens e mulheres preferem abrir mão da própria liberdade para continuarem sendo amados: deixam de ser quem são, deixam de externar suas opiniões, deixam de ser eles mesmos para não perderem seu amor, perpetuando assim uma relação esgotante e dolorosa.
Acreditam que amar é ser vítima, que o flagelo emocional faz parte do romance.

Para quem se reconheceu neste primeiro parágrafo acaba de ser lançado um livro que vem a calhar: "Amores de alto risco", do psicólogo, filósofo e professor italiano Walter Riso. Diz ele que de 20% a 30% da população têm um transtorno extremo de personalidade e, se considerarmos os casos moderados, a porcentagem aumenta. São os narcisistas, histriônicos, paranóicos, limítrofes, esquizóides.
Pessoas de bem, que trabalham, apaixonam-se, casam e têm filhos, mas que são obsessivos, desconfiados ou agressivoos num grau muito superior ao que se considera razoável. A literatura pscanalítica tem se debruçado com seriedade sobre esses perfis e sobre as dificuldades que enfrentam, mas pouco se fala sobre seus parceiros: maridos e esposas que têm uma mente razoavelmente sã e que passam por verdadeiras torturas emocionais no convívio íntimo. A obra do professor me caiu em mãos justo quando acabo de entregar para a editora os originais do meu novo livro de ficção, cuja história, tamabém escancara a dor e a loucura de um relacionamento marcado pelo constrante conflito.

O amor caótico inspira livros, filmes, letras de música e quade sempre tem alta carga de erotismo, o que provoca a fantasia de milhares de casis que se arrastam em seu feijão com arroz conjugal. A princípio, viver um amor explosivo parece uma sorte, e não um castigo, só que depois do princípio vem o durante, e esse durante é que enlaça, prende e machuca.

Encerrada a euforia inicial, intala-se a rotina exasperante de uma relação doentia, que passa longe da satisfação. Claro que é preciso o esforço de ambos em busca de uma ajuste, mas se depois de todas as tentativas ficar claro que a única forma de continuarem juntos é um dos dois se anular e dexar-se consumir, aí é hora de saltar desse trem em movimento. Não é fácil. Aliás, não é nem difícil, é aterrorizonte, pois, não esqueçamos, estamos falando de relações onde ainda existe amor.

Nada disso é poético, apenas realista. Amor e dor rimam em samba-canção, mas, aqui fora, na vida que se vive, não precisa ser assim.

Amar tem que ser uma prática alegre, construtiva, produtiva. Sem neuras, sem estressamento. Concessões fazem parte dos relacionamento, mas sacrifícios, quem disse? Há quem tenha sua energia vital sugada por um vampiro que se delicia com a resignação da sua presa. Não é justo. Melhor deixar as ilusões de lado e seguir caminhando. Outro amor pode estar mais adiante, na próxima porta.

Martha Medeiros

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ser como cachorro


Se um cão fosse seu professor...
Você aprenderia coisas assim:

Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
Nunca perca uma oportunidade de ir passear de carro.
Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
Corra, pule e brinque todos os dias.
Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.
Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado... volte e faça as pazes novamente.
Aproveite o prazer de uma longa caminhada. Se alimente com gosto e entusiasmo.
Coma só o suficiente.
Seja leal.
Nunca pretenda ser o que você não é.
Se você quer se deitar embaixo da terra, cave fundo até conseguir.

E o mais importante de tudo...
Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.
A amizade verdadeira não aceita imitações!

domingo, 5 de junho de 2011

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.


Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.Isso é tudo.
Ao longe alguém canta.
Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor,tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.

Pablo Neruda

sábado, 4 de junho de 2011

Um meio ou uma desculpa?


Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.

Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.

Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.

O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.

A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores, pois...

Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO.
Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA.

Roberto Shinyashiki

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Classe e ousadia


Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna. Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos. O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos.

Charles Chaplin

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Demissão


"Venho por meio desta, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos. Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.

Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas. Quero acreditar que tudo é possível. Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo. Quero de volta uma vida simples e sem complicações.

Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe. Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento. Não quero mais ser obrigada a dizer adeus a pessoas queridas e, com elas, a uma parte da minha vida.

Quero ter a certeza de que Deus está no céu, e de que por isso, tudo está direitinho nesse mundo. Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel que vou navegar numa poça deixada pela chuva. Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam. Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.

Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas. Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.

Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida. Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada. Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria" e que isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.

Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer. Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.

Quero estar convencida de que tudo isso... vale muito mais do que o dinheiro!"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O contrário do Amor


O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

Martha Medeiros