segunda-feira, 5 de julho de 2010

Nem tudo é o que parece

Podem falar, é a pura verdade! Não pensem que tomo como insulto ou crítica. Não se trata disto! As pessoas são como são e eu sou como sou. Funciono à minha própria maneira. Tenho minhas próprias características, minhas marcas e busco honrá-las. Ser fiel a mim mesma é uma conquista.

Sou avessa a rótulos e enquadres. Quem quiser pense que pareço assim ou assado. Quem quiser trace um perfil para me encaixar. Em nenhum me encaixo. Sou um ser em processo contínuo de desenvolvimento, em constante transformação, que não pode ser capturado pelas lentes limitadas de quem vê pequeno.

Ouço vozes, sim! Desde criança ouço a voz do meu coração. Mas, não só esta! Ouço a voz da consciência, a dos personagens da minha alma, a da intuição, a da experiência. Ouço a voz do outro que me fala. Ouço a voz da divindade ecoando na natureza. Ouço a voz do silêncio, a voz que não requer qualquer identificação.

Vejo coisas, sim! Tenho visões fantásticas! Sou visionária! Tenho a habilidade e a sensibilidade de ver além. Além do meu umbigo, além do dito, do escrito, do revelado explicitamente. Vejo através dos sonhos, das palavras, dos gestos, da imaginação, da fantasia. Vejo a minha luz e a minha sombra; a luz e a sombra do outro também. Vejo além das estereotipias.

Podem dizer que este negócio de ouvir vozes e ter visões é coisa de doido. Podem me chamar de bruxa. Sei o que é isto. Já fui queimada na fogueira do julgamento alheio e em outras. Podem dizer que sou uma supermulher, ou que me acho "a tal". Nada disto tem importância!

O que verdadeiramente importa é eu seguir ouvindo e vendo o que habita nas profundezas de mim mesma, o outro diante de mim, o que me cerca, a realidade que transcende a materialização.
Norma Suely Facchinetti

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